Para fazer o retrato de um pássaro (LER +)

Prévert, Jacques Gerstein, Mordicai Traducción: Ana M. Noronha

Uma tela, uma paleta de cores e um pincel são suficientes para esboçar as barras da gaiola onde poderá pousar o nosso pássaro. Uma espera paciente, que poderá ter a sua recompensa se a ave nos obsequiar com o seu canto.

Esta magnífica fábula sobre a arte e a criatividade reúne um dos mais belos poemas de Jacques Prévert, escrito em 1943, e o talento artístico de Mordicai Gerstein, destacando-se, no trabalho deste último, a originalidade com que nos mostra a transição do mundo a três dimensões para o plano bidimensional. A medida do tempo, o valor da paciência, a forma como se revela a natureza são outros factores aliciantes desta obra. No fundo, trata-se de uma reflexão filosófica sobre o efémero: capturamos momentos e impressões do que observamos e ansiamos, mas apenas podemos retê-los durante um certo tempo. Devemos pois desprender-nos desse afã de reter o que não nos pertence, para que o nosso olhar possa ficar aberto a novas sensações no futuro.
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